terça-feira, 24 de julho de 2012

O Que Estou Fazendo Errado?

De verdade, eu não sei. Sabe aquela dinâmica na qual você vai bem caramba e aquele prego, que só falava na hora que a consultora estava perto, atropelava todo mundo e se achava máster passa pra próxima fase e você não? Pois é, eu não sei o que se passa no mundo das avaliações, mas isso é mais comum do que a gente imagina.


Eu sou a primeira a bater na tecla do “seja você mesmo, não existe fórmula, confie em você e blá blá blá”, mas quanto mais os processos avançam, mais eu vejo que é aquele tipinho “eu sou terrível” que as empresas querem. Ou quem recruta pelo menos! Então eu continuo firme no meu pensamento de que não existe fórmula para ser trainee, mas existe um roteiro único para todos os recrutadores, que só aprovam as mesmas pessoas em 458 processos diferentes... Só pode ser isso. E nós vamos ter que encontrar esse raio desse roteiro se quisermos ser aprovados em algum programa! Hahaha.

Conheci uma garota ano passado que foi aprovada em quatro processos e escolheu para onde queria ir. Mérito dela? Claro, ela sabe se vender muito bem e isso foi constatado em todas as fases que fizemos juntas. E desses quatro processos que ela passou, fizemos dois juntas até a última fase. Porém, nas duas situações, ela dava as mesmas respostas, os mesmos exemplos, fazia as mesmas perguntas... Sabe aquela pessoa que se moldou para ser trainee? Ela tinha largado o emprego para poder se dedicar aos processos e estava fazendo um curso de orientação profissional. Mas eu não a julgo, porque se eu pudesse e meu dinheiro desse, eu largava tudo também. #odeioserpobre

Só que esse tipo de coisa me faz concluir que existem mesmo as respostas certas, o tal do perfil, o raio da postura... Mas não é possível que ele seja igual para todas as empresas! Ou será que é isso mesmo e eu sou a única nadando contra a maré? Eu tenho que ser um robô bem formado, que fala tudo o que um recrutador quer ouvir (concordando ou não) e que se faz passar por uma coisa que realmente não é só para conseguir o emprego? Acho que é! Eu que preciso parar de ser tão Poliana e achar que o mundo é mais legal quando você tem a sua própria essência.

No processo da J&J do ano passado eu vi uma saída para essa nossa angústia de neguinhos que querem se aparecer para as consultoras. A recrutadora sentou com um por um dos participantes da segunda fase e perguntou quem do grupo que você trabalhou você levaria para a próxima fase e por qual motivo. Achei digno! Quem trabalhou com o cara foi você, numa empresa ele seria seu colega de trabalho e, por mais que tenha sido por 40 minutos, você já conseguiu entender se ele sabe se relacionar com a equipe. E o mais bacana foi ver que os mais indicados do grupo passaram para a fase seguinte, ou seja, eles nos ouviram.

Esse meu post está com uma cara de dor de cotovelo, né?! Hahahahahaha... Mas, por mais que pareça, esse ano eu ainda não participei de nenhuma DG. Na verdade, me inscrevi em apenas um processo até agora que ainda não avançou, então estou aguardando cenas dos próximos capítulos. Só quis desabafar, porque entraram dois novos trainees aqui na empresa e eles são bem esse estilinho de “sou fod*, digdin digdin” e eu fico me convencendo de que o problema não é deles, o erro é de quem contratou. Mas faz parte, toda empresa tem seus diversos tipos de funcionários. #Deusdai-mepaciencia

Apenas concluindo o post, com a polêmica lá de cima: eu realmente não sei o que estamos fazendo de errado. Ou talvez esteja certo, por isso que não nos passam para frente nos processos, porque podemos sofrer na empresa se ela não bater com o nosso jeito de ser. Eu acho que nada acontece por acaso! Só acho que não vale a pena você mudar o seu jeito de ser por qualquer emprego do mundo... A empresa ideal para você é aquela que vai te aceitar do jeito que você é, seja você mais sério, mais brincalhão, mais introspectivo ou mais expansivo. O que é nossa tarefa é achar o equilíbrio, encontrando uma empresa legal que tenha a ver com o nosso jeito. Aí, meus queridos, não tem como dar errado (ou pode dar, sei lá, eu tô vendo que não entendo nada disso mesmo! Hahahahaha).

Falei demais, boa semana pra todo mundo! Beijos! =*

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dinâmica de Grupo

O post de hoje é inspirado na minha amiga Flavinha! =)


Como eu acredito que muitos de vocês podem se identificar com ela, vou relatar um pouco da conversa que tivemos há alguns instantes.

A Flá recebeu aquele fatídico e-mail “Parabéns, você passou para a próxima fase do nosso processo de Trainees e está sendo convocada para a Dinâmica de Grupo”. Cada um tem uma reação a este e-mail: alguns ficam muito felizes, outros ficam temerosos, outros ficam mais confiantes... A Flá... Bom a Flá... Rsrs... Surtou. Me ligou desesperada às onze da noite, dizendo que estava com  muito frio na barriga e que tinha medo de não passar. Que tinha medo de depositar as expectativas neste processo e falhar.

Aqui fazemos aquela pausa dramática para analisar todo o processo.

Milhares de pessoas se inscreveram. Centenas foram chamadas para as provas online. Algumas dúzias foram chamadas para a as DGs. Chegar até aqui não é suficiente para passar, mas já é um enorme progresso, concordam? Como é que você vai desconfiar da sua competência justo agora, numa das fases mais decisivas? Cara, você tem um milhão de motivos para acreditar que você é o candidato mais ferrado daquela sala! ;)

Algumas pessoas ainda não participaram de dinâmicas e gostariam de saber como funciona esse encontro. Vou detalhar como foram as últimas que eu participei:

As dinâmicas variam entre 12 e 20 pessoas, que logo na sequência serão divididas em grupos. Logo que começa, a consultora se apresenta e, depois a ela costuma apresentar o programa da empresa (para ver se é isso mesmo que você quer) e aqui você fica sabendo salário e perspectivas. Isso varia de empresa para empresa, porque muitas preferem falar isso no final só para quem passou.

Depois, um por um dos participantes tem que se apresentar. Algumas dinâmicas são mais elaboradas na hora da apresentação, e nessas você tem que usar o flip-chart para dizer quem é, fazer uma linha da sua vida com os principais acontecimentos e etc. Não fique lixando unha ou olhando pra parede quando seus amiguinhos estiverem falando. Preste atenção e tente absorver algumas coisas legais, que você pode levar para outros processos.

Depois da apresentação, eles te dão um case para resolver com o seu grupo (de 4 a 6 pessoas). Geralmente são algumas páginas com um problema do ramo de atuação da empresa. POR ISSO, se está se candidatando para uma vaga de bens de consumo, elia tudo sobre o segmento. O mesmo serve para bens duráveis, serviços, moda e etc. Pesquise!!!

Na sequência, cada grupo apresenta seu case. Galerinha, vamos ser compreensivos com o amiguinho e administrar o tempo para que todos do grupo possam falar. Não é eliminatório não falar nessa apresentação, mas mostra a desorganização na administração do tempo... O que prejudica o grupo todo. Então, senhor bonzão, não pense que falar sozinho vai te dar todos os méritos... Não esqueça que nessa fase está sendo avaliado como você trabalha em grupo, ok?!

Aí geralmente já acabou a parte da manhã e vão todos para o almoço. Normalmente só voltam para a parte da tarde os candidatos aprovados na DG, que farão uma entrevista individual. Mas como hoje é especial DG, paro por aqui e volto a falar da entrevista individual no próximo post. =P

E, pra finalizar esse post que já está gigante, aqui seguem três pequenas dicas de como você pode conquistar o seu lugar ao sol na sua dinâmica. Que podem funcionar ou não, afinal, se conselho fosse bom... Rsrs!

1) vá para a DG como se você fosse a última bolacha do pacote. Não tenha vergonha de se vender (porque, no final do dia, quem vender melhor o seu peixe é comprado e ponto final. Não adianta querer ser humilde que alguém mais esperto te atropela).

2) seja sincero. Tem coisas que você não vai saber, mas mostre que está disposto a aprender. Tem coisas que outro candidato vai ser melhor do que você, mas nunca se esqueça que você também tem muitas habilidades que ele não. Não se amedronte e nem tente se passar por quem não é. Essa é a maior furada!

3) interaja! Não fique só assistindo, dê as suas opiniões, defenda-as, se posicione. E se perceber que está falando groselhas, seja flexível para compreender que a ideia do outro é realmente bacana. Mas contribua para que ela possa ser ainda melhor!

Eu vou estar aqui torcendo por você. E pela Flavinha, que eu espero ter deixado mais calma agora! Hahahaha. Um beijo e até a próxima.